Hoje vamos fazer uma Homenagem a este casal que na Rua Visconde das Devesas teve um período da sua vida que nos marcou e sentimos como família como se pode ver nas fotos que fui fazendo
o senhor Lopes hoje deixou o espaço físico na terra, onde foi "Droguista. Fotógrafo. Empreendedor. Projeccionista. Amante da 7.ª arte..." mas ele continua a estar nas memórias que fizemos com ele nas conversas sobre fotografia e isso me influenciou, e nos seus sonhos cinéfilos que concretizou
nesta foto podemos ver o reclame, da "Drogaria Lopes", que brilhava na rua Visconde das Devesas e onde havia novidades várias para todas as prendas que se quisessem oferecer
no meu "estúdio privado", a Sala de almoços e jantares, onde tudo era possível na mesa ou à volta dela, nas horas calmas de intervalo
os meus assistentes diários, Jorge e João Paulo, que mal os pais chegavam de Sandim, corriam para a taberna! onde se sentiam em casa
fechamos com um trecho das palavra que Cândido Lopes escreveu ao anunciar a partida, e narram um resumo do muito conseguid0/realizado:
"...
A 5 de abril de 1961, no Salão Paroquial de Sandim, projetou a sua primeira sessão de cinema com “O Aprendiz do Diabo”. Não podia adivinhar, nesse momento, que acendia também a primeira centelha de um legado que cruzaria gerações.
Tal como Alfredo em “Cinema Paraíso”, Joaquim foi muito mais do que um projeccionista: foi um mentor silencioso, um guardião de sonhos, um mestre da magia que acontece na sala escura. Levou cinema a quem o desejava, e sobretudo a quem nem sabia que o precisava. Exibiu filmes no concelho de Vila Nova de Gaia e de Santa Maria da Feira, improvisando espaços, reunindo comunidades, revelando mundo mágicos.
A 27 de novembro de 1982, cumpriu o seu grande sonho ao inaugurar o Cinema Sandim, com “Os Salteadores da Arca Perdida”.A sala tornou-se uma casa de emoções — e Joaquim, o seu coração. Foi responsável por permitir que milhares de alunos do Grande Porto vissem cinema no cinema pela primeira vez. Para muitos, essa primeira ida ao Cinema Sandim tornou-se memória fundadora, presença que moldou vidas e vocações. Joaquim era o primeiro sorriso antes de as luzes apagarem, o gesto calmo que garantia que tudo corria bem, o rosto invisível mas indispensável por trás de cada sessão.No final de 1996, voltou a reinventar-se, trazendo de novo à vida o Cinema ao Ar Livre. Como Totò seguia as pegadas de Alfredo, assim o público seguia a luz de Joaquim pelas praças, jardins, praias, festivais e eventos do Porto, de Lisboa e de tantas outras localidades. Levou filmes a toda a parte: antestreias, Fantasporto, Porto/Post/Doc, Comic Con, Cine Conchas, Cinema Fora do Sítio, Drive In Matosinhos e Montijo, e muito, muito mais — sempre com o mesmo deslumbramento de quem acredita, profundamente, no valor de partilhar histórias.Pelo seu contributo exemplar, foi reconhecido publicamente pelo Município de Vila Nova de Gaia, pela Junta de Freguesia de Sandim e pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual. Para muitos, era o projeccionista mais antigo do país. Para todos os que o conheceram, era um homem bom, íntegro, persistente.
..."
A Toda a família os nossos sentimentos e gratidão por termo feito parte da sua vida.
LRCardoso
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